Conheça os exames para detectar câncer de próstata

Em pleno Novembro Azul, que tal conhecer os principais exames para detectar o câncer de próstata? Se diagnosticado no início, as chances de cura são bastante altas. No entanto, muitos homens — por puro preconceito e desinformação — não fazem seus check-up rotineiros como deveriam.

Atualmente, existem exames sofisticados, os quais rastreiam os tumores (por menores que sejam) e permitem aos médicos eliminá-los precocemente. Para conhecê-los e entender como ajudam a evitar o agravamento da doença, continue a leitura!

Qual é a incidência do câncer de próstata?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada triênio são diagnosticados 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil. No ranking dos mais incidentes entre os homens, ele só fica atrás do câncer de pele não melanoma. Isso significa que 1 em cada 9 homens será constatado com a doença.

O câncer prostático acomete, geralmente, homens mais velhos, sendo considerado raro naqueles com menos de 40 anos. Estimativas mostram que 6 em cada 10 casos são de pacientes com mais de 65 anos.

Como toda neoplasia, se diagnosticada tardiamente, o tumor na próstata poderá ser grave. Não por acaso, trata-se da segunda principal causa de óbito por câncer no País, ficando atrás, apenas, do câncer de pulmão.

A boa notícia é que a maioria dos homens diagnosticados com a doença não somente não irão morrer em decorrência dela, como têm grandes chances de terem uma qualidade de vida normal. Mas isso depende, obrigatoriamente, do diagnóstico precoce.

Quais são as chances de cura?

Segundo o livro Vencer o Câncer, de Fernando Cotait Maluf, se diagnosticado no início, a chance de cura do câncer de próstata chega a 97%. Animador, não acha?

A chamada taxa de sobrevida mostra a probabilidade de sucesso no tratamento. Para isso, considera a quantidade de homens que vivem, pelo menos, 5 anos após o diagnóstico da doença.

Se o tumor for identificado e tratado quando ainda estiver localizado (sem disseminação) ou for regional (com disseminação para linfonodos ou estruturas próximas), a taxa de sobrevida é de 100%. Mas é importante destacar que muitos dos pacientes viverão por muito mais tempo do que o período considerado nos estudos (de 5 anos).

Quais exames detectam o câncer de próstata?

Existem dois tipos de exames para o rastreamento do câncer de próstata: a dosagem de PSA e o toque retal. O ideal é que ambos sejam realizados, pois, sua combinação permite o diagnóstico precoce em 80% dos casos.

Dosagem de PSA

A dosagem de PSA é um exame de sangue para avaliar a quantidade do antígeno prostático específico (PSA). Trata-se de uma proteína produzida pelo tecido da próstata, mas também pelas células cancerosas. Os valores sugeridos como referência variam ao longo da vida:

  • até os 49 anos, considera-se de 0 a 2,5 ng/ml como normal;
  • entre 50 e 59 anos, o limite sobe para até 3,5 ng/ml;
  • entre 60 e 69 anos, até 4,5 ng/ml;
  • entre 70 e 79 anos, até 6,5 ng/ml.

Mas além do tumor, os níveis de PSA podem variar em função de outros fatores. Por exemplo:

  • hiperplasia prostática benigna (HPB);
  • prostatite (inflamação da próstata);
  • manipulação local (por conta de massagem, biópsia etc).

Além disso, o valor do PSA também aumenta (em cerca de 10%) se houver relação sexual no dia anterior ao exame. Por isso, o preparo para o exame exige a abstinência sexual de 2 a 3 dias.

Toque retal

O toque retal é um exame clínico que detecta alterações na próstata, como a presença de nódulos, endurecimentos ou quaisquer irregularidades. Apesar de desconfortável, o procedimento dura apenas alguns segundos. Para realizá-lo, o médico introduz o dedo indicador (usando uma luva lubrificada) no ânus do paciente.

Em seu livro, Dr. Maluf explica que o exame é considerado fundamental na avaliação prostática, bem como na escolha da melhor forma de tratamento. Isso porque, cerca de 20% dos tumores diagnosticados na próstata estão em homens com níveis de PSA normais. Geralmente, são tumores agressivos, que produzem pouco PSA.

Exames complementares

Se a suspeita do tumor continuar, a partir de alterações na forma da próstata e nos níveis de PSA, o médico pode pedir o exame de biópsia da próstata. Nesse procedimento, obtém-se uma amostra do tecido prostático, com o intuito de identificar as células cancerígenas.

Quando o diagnóstico de câncer de próstata é confirmado, alguns exames de imagem são usados para avaliar a extensão da doença. Conforme o caso, o oncologista pode solicitar:

  • tomografia computadorizada;
  • ressonância magnética;
  • cintilografia óssea.

Se você mora em Manaus (AM) ou região, conte com a estrutura da Magscan. Na clínica são realizados tanto o PSA (livre, total ou ultra sensível) como possíveis exames complementares.

Quando realizar os exames de câncer de próstata?

Atualmente, recomenda-se a realização desses exames em homens acima dos 50 anos, com expectativa de vida superior a 10 anos. Como não há evidências científicas de que o rastreamento mais precoce traga maiores benefícios, o INCA não os recomenda em indivíduos mais jovens. No entanto, há exceções.

Em homens com histórico de câncer de próstata em familiares de primeiro grau, a avaliação deve começar aos 40 anos. Além disso, em pessoas com sinais sugestivos para a doença, a investigação prévia também é recomendada. São sintomas importantes:

  • diminuição do jato da urina;
  • aumento da necessidade de urinar (durante o dia ou à noite);
  • dificuldade para urinar;
  • presença de sangue na urina.

Assim, quem se preocupa com sua saúde e deseja ter uma boa qualidade de vida deve superar preconceitos e se cuidar. O primeiro passo é ir ao médico regularmente e seguir suas orientações. Quando solicitados, fazer os exames de câncer de próstata é prova de inteligência e responsabilidade!

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