Covid longa: o que é e quais são os sintomas

Covid longa é um conjunto de sintomas persistentes e sequelas que acompanham boa parte dos pacientes depois da fase aguda da doença. É o caso da fadiga, da falta de ar, da diarreia, do mal-estar após realizar exercícios físicos, entre tantos outros incômodos contínuos.

Neste artigo, mostramos o que já se sabe sobre a síndrome pós-covid, como também é chamada. Continue a leitura e veja como os especialistas recomendam lidar com o problema!  

O que aumenta o risco da síndrome pós-covid?

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 80% das pessoas que tiveram Covid-19 apresentam essa complicação. Atualmente, sabe-se que o risco de desenvolver síndrome pós-covid tem relação com a:

  • gravidade da própria doença;
  • idade do paciente;
  • asma;
  • tabagismo superior há 10 anos;
  • obesidade.

Vale destacar que esses elementos aumentam não apenas a chance de ter o problema, mas sua intensidade. Mas por outro lado, quem teve Covid-19 leve e não apresenta nenhum fator de risco associado também pode desenvolver covid longa. Isso explica seu elevado percentual de incidência.

Quais são os sintomas da covid longa?

Um estudo publicado na revista The Lancet identificou mais de 200 sintomas da covid longa. Esses ocorrem em dez sistemas do corpo humano, sendo que sintomas variados em sistemas distintos costumam aparecer simultaneamente.

Assim, como a Covid-19 é uma doença viral sistêmica, ela pode afetar vários sistemas ao mesmo tempo. Entre os sintomas de longo prazo mais comuns, destacam-se:

  • cansaço constante, relatado por 98% dos pacientes que participaram do referido estudo;
  • mal-estar após a prática de atividades físicas, registrado em 89% deles;
  • falta de ar persistente e tosse seca, entre outras sequelas respiratórias, presentes em 77% e 66% dos pacientes, respectivamente;
  • confusão mental, insônia e tontura, entre outros sintomas neurológicos, existentes em 85%, 68% e 67% dos casos, respectivamente;
  • palpitação e dor no peito, entre outros sintomas cardíacos, relatados por 67% e 53%, respectivamente;
  • diarreia e perda de apetite, entre outras reações intestinais, presentes em cerca de 50% dos participantes;
  • dor ou perda muscular, reações imunológicas (alergias à queda de cabelos) e problemas no sistema reprodutor (como disfunção sexual), entre outros, também são expressivos.

Quanto tempo dura a síndrome pós-covid?

A Covid-19 é considerada como covid longa a partir de quatro semanas da presença de sintomas. Assim, a síndrome pós-covid pode durar:

  • de quatro a 12 semanas, sendo tratada como uma extensão subaguda da Covid-19;
  • mais de 12 semanas, nesse caso, tida como um quadro de covid crônica.

Para simplificar, significa que quando a covid longa dura até 12 semanas, trata-se de uma doença que demora para passar. Já quando dura mais de 12 semanas, trata-se de uma doença que já deixou sequelas.

Quais exames permitem avaliar a extensão dessa síndrome?

Um dos exames que podem ajudar a identificar as sequelas da covid longa é a radiografia de tórax. Ela costuma ser indicada para o diagnóstico da pneumonia aguda, geralmente, presente em pacientes que necessitaram de internação hospitalar.

Outros exames bastante solicitados são a tomografia computadorizada (TC) de tórax e os testes de função pulmonar. O objetivo é investigar a falta de ar persistente e os danos pulmonares.

Além disso, em alguns casos de falta de ar, indica-se a ressonância magnética (RM) de tórax. Com ela, pode-se avaliar como está a transição do oxigênio dos pulmões para a circulação sanguínea.

Como se prevenir?

Uma vez que a Covid-19 grave é um importante fator de risco para a covid longa, a vacinação se mostra a melhor maneira de prevenir sua ocorrência. Isso porque, pessoas vacinadas, mesmo quando infectadas, tendem a desenvolver formas amenas da doença.

Como tratar a síndrome pós-covid?

Pessoas com covid longa necessitam do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para se recuperarem plenamente. O tratamento deve ser definido individualmente, conforme os sintomas manifestados, os achados nos exames complementares e as características (idade, comorbidades, etc.) de cada paciente.

Quem apresenta sarcopenia (perda muscular), por exemplo, demanda um seguimento nutricional; quem está com quadros de ansiedade, um seguimento psicológico; e por aí vai. O importante é que, quanto mais precoce e oportuno for o início da reabilitação, maior sua efetividade!

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