Encefalograma: o que é, tipos, o que detecta e preparo

encefalograma, também chamado de eletroencefalograma (EEG), integra o rol de exames neurológicos. Eles são solicitados para complementar o diagnóstico de distúrbios que afetam o sistema nervoso e, consequentemente, os demais sistemas do organismo. O procedimento está entre os exames complementares considerados essenciais, contribuindo para que os especialistas consigam definir a melhor estratégia de tratamento para cada paciente.

Seu médico solicitou um “eletro da cabeça”? Neste artigo, mostramos tudo sobre o exame. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

O que é o encefalograma?

O encefalograma é um exame indolor e não invasivo. Seu objetivo é detectar e gravar alterações elétricas cerebrais. Por exemplo: assimetrias entre os hemisférios cerebrais esquerdo e direito, atividade lenta e ondas com padrões anormais.

Como o eletroencefalograma é feito?

O eletroencefalograma é o conhecido “exame na cabeça com fios” — ou, melhor dizendo, eletrodos. Ele é feito com a distribuição simétrica de pequenos sensores adesivos (aproximadamente, 20 eletrodos) por toda a cabeça do paciente. Esses são fixados com o auxílio de uma pasta condutora, a qual também serve para obtenção adequada dos sinais elétricos da atividade cerebral.

A partir das variações de voltagem que cada eletrodo detecta, formam-se traçados semelhantes a ondulações. Esse registro recebe o nome de encefalograma (ou eletroencefalograma ou, apenas, EEG), o qual pode ser impresso em papel ou observado pelo examinador na própria tela do computador.

Quando o eletroencefalograma é indicado?

O eletroencefalograma é indicado para diagnosticar anormalidades que possam estar por trás de doenças psiquiátricas e neurológicas (infecciosas, degenerativas,/ etc), transtornos convulsivos, alterações de consciência, quadros de epilepsias ou suspeita clínica para a doença, quadros demenciais e encefalopatias, entre muitos outros distúrbios.

Quais são e para que servem os diferentes tipos de EEG?

Existem diferentes tipos de EEG. Geralmente, quando há suspeita de um determinado problema neurológico, o médico primeiro solicita um EEG simples.

Caso o resultado seja considerado normal, o especialista pode solicitar outro tipo de EEG. Dessa vez, a opção pode ser por um EEG com estímulo, cuja execução deixe o paciente mais propenso a manifestar sintomas.

A seguir, apresentamos os tipos de EEG realizados na Magscan, clínica de referência em medicina diagnóstica, localizada em Manaus, AM. Confira!

Eletroencefalograma (EEG) em vigília simples

No EEG em vigília simples, para produzir os registros dos traçados eletroencefalográficos, o paciente precisa usar os fios na cabeça (eletrodos) por alguns minutos. Isso é feito em vigília (acordado), com o objetivo de avaliar seu comportamento espontâneo.

Eletroencefalograma (EEG) em vigília com provas de ativação

Além da observação em vigília, nesse tipo de EEG são realizadas provas de ativação que estimulam, eletricamente, o córtex. Isso é feito com fotoestimulação intermitente e incursões respiratórias forçadas.

Eletroencefalograma (EEG) em vigília e sono

Após a avaliação em vigília, o EEG passa a registrar os traçados eletroencefalográficos durante o sono. Para facilitar, o paciente pode tomar um medicamento antialérgico (como hixizine) — mas, não é permitido consumir medicações soníferas.

Eletroencefalograma (EEG) com mapeamento

Esse tipo de EEG faz um mapa das atividades elétricas em diferentes regiões cerebrais, cada qual responsável pelo controle de determinadas funções. As regiões, com as possíveis alterações, são desenhadas como em uma tomografia, proporcionando um resultado ainda mais qualificado.

O que o encefalograma detecta e como se preparar?

O encefalograma detecta alterações elétricas no funcionamento do cérebro. Essas podem ser ligadas a:

  • distúrbios do sono (como insônia, apneia obstrutiva do sono, síndrome de pernas inquietas, entre outros);
  • distúrbios convulsivos (como perda de consciência episódica de etiologia desconhecida);
  • dependência de drogas e alcoolismo;
  • distúrbios de aprendizagem e déficit de atenção;
  • síndrome pós-concussional, um conjunto de sintomas (como dor de cabeça, problemas com a memória recente, entre outros) que ocorrem após uma concussão (que, por sua vez, é uma breve alteração do nível de consciência devido a uma lesão);
  • esquizofrenia (um transtorno mental caracterizado pela psicose, alucinações, delírios, diminuição da motivação, pouca demonstração de emoções, piora da cognição e dificuldade para se adaptar às atividades diárias);
  • encefalopatias (distúrbios metabólicos ou estruturais do cérebro, que leva a sintomas leves, como lapsos de memória, a graves, como demênciacoma, entre outros).

Os preparativos do EEG exigem algumas medidas simples. O paciente precisa dormir menos do que o habitual na véspera do exame (com redução de, pelo menos, 4 horas de sono).

No caso do EEG em vigília e sono, quanto mais cansado o paciente estiver, melhor. Isso vale, inclusive, para crianças.

Além disso, o paciente deve comparecer à clínica com os cabelos limpos (de preferência, lavados com shampoo neutro), secos e sem uso de produtos finalizadores (creme, gel, mousses, entre outros).

No mais, não é necessário interromper medicações de uso contínuo. O paciente deve se apresentar na clínica bem alimentado e, se possível, acompanhado.

Existem contraindicações para a realização do EEG?

Absolutas, não. Por se tratar de um exame não invasivo e indolor, o chamado “eletro da cabeça” pode ser realizado de recém-nascidos a pacientes bem idosos. Porém, existem alguns cuidados. São eles:

  • o paciente deve comparecer à clínica sem portar lentes de contato ou retirá-las para realizar o exame;
  • caso tenha aplicado tintura ou realizado outro procedimento químico nos fios, é preciso aguardar 48 horas para fazer o exame — isso é necessário, justamente, para facilitar a colocação dos fios na cabeça (eletrodos).

Aliás, é preciso deixar claro que a colocação dos eletrodos sobre o couro cabeludo não arranca ou estraga os cabelos. Essa é uma preocupação comum a muitos pacientes.

No mais, existem as chamadas contraindicações relativas. Pacientes que tiverem seborreia excessiva, pediculose (infestação de piolhos) ou infecção de pele ativa no couro cabeludo devem, primeiramente, tratar esses problemas. Só então os eletrodos podem ser colocados sem maiores problemas.

Para concluir, o encefalograma, assim como outros exames neurológicos, ajuda os especialistas a definirem a melhor conduta a ser tomada para cada paciente. Mas para ser realmente útil, é preciso que ele seja realizado e interpretado de maneira correta. Por isso, prefira realizar seus exames sempre em uma clínica de referência, a qual disponha de equipamentos modernos e uma equipe técnica altamente qualificada.

E você, precisa fazer um EEG? Agora que você já sabe como ele é feito e para quais situações é indicado, aproveite para agendar online seu Encefalograma em Manaus!

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