
Achou que a bateria de exames acabava com o fim da gravidez? Que nada! Sabe qual é um dos primeiros compromissos dos pais após o nascimento do bebê? Levá-lo para fazer o teste do pezinho!
Esse método tradicional continua sendo indispensável para detectar doenças, devendo ser feito, preferencialmente, entre o 3º e o 5º dia de vida.
E não existe só o tipo de teste oferecido na rede pública. Neste artigo, reunimos tudo que você precisa saber sobre os diferentes tipos de teste do pezinho. Continue a leitura e confira!
Qual é a importância do teste do pezinho?
No Brasil, o teste do pezinho é obrigatório. Dados do Ministério da Saúde mostram que, anualmente, ele é feito em cerca de 2,4 milhões de recém-nascidos.
O objetivo do teste é identificar distúrbios e doenças em tempo oportuno para iniciar o tratamento adequado. Assim, é possível não apenas reduzir a morbimortalidade, mas melhorar a qualidade de vida nas crianças com testes positivos.
Entre essas condições, destacam-se o hipotireoidismo congênito e a doença falciforme. Juntas, essas patologias correspondem por 77% dos casos diagnosticados no teste do pezinho.
Quais são os riscos de não realizá-lo no período indicado?
O período preconizado para a realização do teste do pezinho — entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê, podendo se estender até, no máximo, o 90º dia — se deve ao risco de agravamento dos sintomas. A agilidade é necessária para prevenir atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor ou mesmo o óbito.
Afinal, quanto antes os problemas forem identificados, mais rápido começam os tratamentos. Dessa forma, as chances de evitar complicações graves aumentam consideravelmente.
Como é feito e quais são as doenças diagnosticadas?
O teste do pezinho é realizado com uma picadinha no calcanhar, uma das regiões mais irrigadas pelos vasos sanguíneos. Isso o torna rápido e pouco invasivo.
Além das doenças mais conhecidas — o hipotireoidismo congênito e a doença falciforme —, o teste do pezinho ainda permite identificar, precocemente, outras enfermidades. Entre elas, destacam-se a fenilcetonúria, diversas hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia congênita da supra-renal e deficiência de biotinidase.
Por que existem diferentes tipos de testes do pezinho?
Além da versão básica, alguns testes podem ser mais abrangentes. Um tipo de teste do pezinho mais completo pode detectar doenças que passariam um longo período despercebidas, deixando de receber o tratamento adequado.
No caso dos portadores de doenças raras, por exemplo, o diagnóstico precoce possibilita mais qualidade de vida. A seguir, veja as diferenças entre os tipos de teste do pezinho.
Teste do pezinho básico
Este tipo de teste do pezinho é o que, geralmente, é feito na rede pública. Ele oferece a triagem considerada mínima, englobando 12 doenças. São elas:
- hipotireoidismo congênito;
- fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
- anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
- fibrose cística;
- hiperplasia congênita da suprarrenal;
- deficiência de biotinidase.
Teste do pezinho ampliado
O teste do pezinho ampliado permite detectar 30 doenças. São elas:
- hipotireoidismo congênito;
- fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
- anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
- fibrose cística;
- hiperplasia congênita da suprarrenal;
- deficiência de biotinidase;
- hipotireoidismo congênito e deficiência de TBG (globulina ligadora da tiroxina T4);
- aminoacidopatias e distúrbio do ciclo da ureia.
Teste do pezinho plus
O teste do pezinho plus pode detectar 33 doenças. São elas:
- hipotireoidismo congênito;
- fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
- anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
- fibrose cística;
- hiperplasia congênita da suprarrenal;
- deficiência de biotinidase;
- hipotireoidismo congênito e deficiência de TBG (globulina ligadora da tiroxina T4);
- aminoacidopatias e distúrbio do ciclo da ureia;
- galactosemias;
- toxoplasmose congênita.
Teste do pezinho master
O teste do pezinho master consegue diagnosticar 38 doenças. São elas:
- hipotireoidismo congênito;
- fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
- anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
- fibrose cística;
- hiperplasia congênita da suprarrenal;
- deficiência de biotinidase;
- hipotireoidismo congênito e deficiência de TBG (globulina ligadora da tiroxina T4);
- aminoacidopatias e distúrbio do ciclo da ureia;
- galactosemias;
- deficiência de G6PD;
- toxoplasmose congênita;
- sífilis congênita;
- doença de chagas;
- citomegalovirose;
- rubéola congênita.
Teste do pezinho expandido
O teste do pezinho expandido tem a capacidade de diagnosticar 60 doenças. São elas:
- hipotireoidismo congênito;
- fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
- anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
- fibrose cística;
- hiperplasia congênita da suprarrenal;
- deficiência de biotinidase;
- hipotireoidismo congênito e deficiência de TBG (globulina ligadora da tiroxina T4);
- aminoacidopatias e distúrbio do ciclo da ureia;
- tirosinemias;
- distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos e acidemias orgânicas;
- deficiência de Acil-Coa e desidrogenase de cadeia média;
- galactosemias;
- toxoplasmose congênita.
Teste do pezinho completo
O teste do pezinho completo inclui mais de 100 doenças. São elas:
- hipotireoidismo congênito;
- fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
- anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
- fibrose cística;
- hiperplasia congênita da supra-renal;
- deficiência de biotinidase;
- hipotireoidismo congênito e deficiência de TBG (globulina ligadora da tiroxina T4);
- aminoacidopatias e distúrbio do ciclo da ureia;
- tirosinemias;
- distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos e acidemias orgânicas;
- deficiência de Acil-Coa e desidrogenase de cadeia média;
- doenças lisossômicas (Doença de Gaucher, Pompe, Fabry e MPS I);
- galactosemias;
- deficiência de G6PD;
- SCID, AGAMA e outras imunodeficiências congênitas;
- toxoplasmose congênita;
- sífilis congênita;
- doença de chagas;
- citomegalovirose;
- rubéola congênita;
- soropositivo para HIV e
- surdez congênita.
Por fim, alguns tipos de testes têm a opção de terem exames extras adicionados, conforme a prescrição médica. Por exemplo, o teste do pezinho master + HIV, o teste do pezinho master + MCAD, entre outros.
Assim, o tipo de teste do pezinho indicado para o seu bebê pode ser mais ou menos abrangente. A escolha depende das orientações do médico pediatra neonatologista. Na rede pública há somente o exame básico, mas na rede particular é possível ter acesso aos testes ampliados.
Caso ainda tenha alguma dúvida a respeito do teste do pezinho, entre em contato. Nossos especialistas estão prontos para orientá-la!