Calendário de vacinação do idoso: tudo o que você precisa saber

Alguns compromissos não podem ser esquecidos. É o caso do calendário de vacinação. Depois da pandemia do novo coronavírus, a importância da imunização ficou ainda mais evidente. No caso da vacinação do idoso, além da picadinha contra a Covid-19, há outras tão importantes quanto.

Se você tem 60 anos de idade ou mais, ou se possui pais e entes queridos na terceira idade, confira este artigo. Como se sabe, a vacinação adequada é essencial para prevenir uma série de doenças, colaborando, diretamente, para um envelhecimento saudável!

Qual é a importância da vacinação em idosos?

As alterações imunológicas ligadas ao envelhecimento aumentam o risco de agravamento por infecções. A partir dos 60 anos, a taxa de hospitalização e óbito é duas vezes maior do que comparado à totalidade dos casos. E esse percentual aumenta conforme a idade avança.

As vacinas contra doenças infecciosas buscam, justamente, reduzir a morbimortalidade e preservar a capacidade funcional dos mais velhos — muitos deles, em plena atividade profissional e pessoal. Além disso, a vacinação do idoso também previne a descompensação de doenças crônicas (como diabetes, hipertensão, obesidade, entre tantas outras) causadas por patologias infecciosas. Por isso, caso tenha alguma dúvida sobre seu estado vacinal, procure a orientação de um geriatra ou do especialista responsável pelo seu acompanhamento de rotina.

Qual é o status da imunização contra a Covid-19 em idosos?

O calendário de vacinação contra a Covid-19 no Brasil teve início no mês de janeiro de 2021. Os profissionais da saúde foram os primeiros a serem imunizados, assim como os indígenas em aldeias e os residentes de instituições de saúde. Já os idosos, que também estão entre os grupos prioritários, começaram a ser vacinados em seguida. A ordem da aplicação segue as seguintes faixas etárias: 1. pessoas com ou mais de 80 anos;

A ordem da aplicação segue as seguintes faixas etárias:

  1. pessoas com ou mais de 80 anos;
  2. 75 a 79 anos;
  3. 70 a 74 anos;
  4. 65 a 69 anos;
  5. 60 a 64 anos.

Atualmente, todos os municípios têm o imunizante disponível. Para recebê-lo, é preciso se dirigir a um posto de saúde ou a outro local estipulado pela prefeitura. Em relação ao esquema vacinal inicial (se será aplicada uma dose única ou duas doses), depende do tipo de vacina. No Brasil, as que têm registro definitivo ou que receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso temporário emergencial são:

  • CoronaVac (Instituto Butantan), feita a partir de vírus inativado;
  • Janssen Vaccine (Johnson), uma vacina recombinante (feita de vetor viral, ou seja, um outro vírus geneticamente modificado);
  • Oxford/Covishield (Fiocruz e AstraZeneca), também recombinante;
  • Comirnaty (Pfizer e Wyeth), à base de RNA mensageiro sintético;
  • Sputnik, (Janssen-Cilag Farmacêutica) com autorização para importação em casos excepcionais.

As doses de reforço contra a Covid-19 são mesmo necessárias?

Sim. O recebimento das doses de reforço (até o momento, terceira e quarta doses) é indispensável para prover maiores níveis de imunização. Aliás, aderir ao esquema vacinal ampliado é importante não apenas para os idosos, mas para toda a população manauara.

Como se sabe, o avanço na cobertura vacinal é o que permitiu a melhora no cenário epidemiológico. Graças à vacinação dos idosos e de todos que são aptos à imunização, estamos vivendo dias mais tranquilos.

No entanto, para assegurar esse cenário, deve-se evitar atrasos no recebimento das doses de reforço, o que implica no risco de redução na imunidade. Portanto, caso você esteja no intervalo recomendado para recebê-la, não demore.

Podem receber a terceira dose (primeira dose de reforço), pessoas com 60 anos ou mais que tomaram as primeiras doses há, pelo menos, três meses. Mas, atenção: caso tenha recebido o imunizante da Janssen (aquele com dose única no esquema inicial), recomenda-se receber a dose de reforço após dois meses.

No site da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa), pode-se consultar quantas doses da vacina contra a Covid-19 já foram tomadas. Para isso, basta inserir o número do CPF.

certificado de vacinação também está disponível no mesmo portal. No entanto, o documento gerado é valido, apenas, em âmbito municipal.

Como é o calendário de vacinação do idoso recomendado pelo Ministério da Saúde?

Além da imunização contra a Covid-19, o Ministério da Saúde recomenda diversas outras vacinas para os idosos. Este ano, o objetivo da Secretaria Municipal de Saúde é intensificar a vacinação contra a Covid-19, influenza e sarampo — a última, não recomendada para idosos.

A seguir, entenda o papel dos imunizantes que fazem parte do calendário de vacinação do idoso em 2022. No caso de pessoas com comorbidades, como diabetes, obesidade, hipertensão arterial e doenças imunossupressoras, a recomendação é que devem se vacinar.

Vacina contra a gripe

vacina contra a gripe (influenza) é aplicada anualmente. Como se trata de um vírus mutante, necessita-se de uma vacina nova a cada ano, de acordo com o tipo de cepa em circulação. Atualmente, o imunizante é ativo contra os subtipos H1N1, H3N2 e tipo B, todos circulantes no País.

Este ano, os idosos, assim como os trabalhadores da área da saúde, são o grupo-alvo da primeira etapa das campanhas de vacinação. A vacina os protege dos sintomas característicos da influenza, como febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular e complicações relacionadas a infecções respiratórias agudas. Além disso, ela também previne a ocorrência de infartos e derrames.

Vacina contra a hepatite B

vacina contra hepatite B é aplicada em três doses. No entanto, é preciso verificar a situação vacinal anterior. É importante notar que, com a mudança no padrão sexual das pessoas com mais de 60 anos, suas relações continuam ativas. Por isso, trata-se de uma vacina imprescindível.

Vacina contra a febre amarela

vacina contra a febre amarela é aplicada em dose única, porém, também é necessário checar a situação vacinal preexistente. O idoso imunossuprimido pode se vacinar após avaliação e recomendação do respectivo médico.

Em geral, recomenda-se a imunização de residentes em áreas de risco ou que se dirijam a essas localidades. Além disso, vários países exigem o certificado de vacinação para febre amarela para permitir a entrada de estrangeiros.

Vacina Dupla Adulto (dT) e tríplice bacteriana (dTpa)

vacina Dupla Adulto (dT) é aplicada em três doses (com intervalo de dois meses entre elas) e deve ter seu reforço (em dose única) realizado a cada 10 anos. Ela é indicada para prevenção de difteria (doença que atinge as amídalas, faringe, nariz e a pele) e tétano (infecção que atinge o sistema nervoso central).

Já a tríplice bacteriana (dTpa) é indicada para a prevenção de difteria, tétano e coqueluche em profissionais da saúde. Esse público deve receber o reforço a cada 10 anos, desde que esteja com o esquema de vacinação básico completo. Caso esteja incompleto, deve-se receber uma dose em qualquer momento e complementá-la com a dT. Em não vacinados ou com histórico vacinal desconhecido, deve-se tomar uma dose de dTpa e duas de dT.

Vacina pneumocócica

vacina pneumocócica 23 Valente é indicada para idosos pertencentes a grupos-alvo de risco. Ou seja, aqueles que vivem acamados ou em instituições fechadas (como hospitais, asilos e casas de repouso).

O intuito da imunização é prevenir doenças causadas pelo Pneumococo, como pneumonia, otite, meningite e outras. Ela é aplicada em dose única, mas necessita de reforço após 5 anos.

Vacina contra o herpes zóster

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacina contra o herpes zóster é indicada mesmo para quem já teve a doença. A exceção são pacientes imunossuprimidos, cuja indicação deve ser avaliada individualmente pelo médico responsável.

Vacina contra o sarampo

vacina contra o sarampo faz parte das campanhas anuais. No entanto, a vacinação do idoso contra a doença não é rotineira, pois é incomum que o mesmo seja suscetível a esse tipo de infecção. A exceção, a critério médico, são casos de viagens para áreas epidêmicas ou em virtude de um surto na região onde reside.

Atualmente, não existem casos de sarampo confirmados no Amazonas. Por isso, para a maioria dos idosos, o recebimento da tríplice viral (contra o sarampo, a caxumba e a rubéola) não é necessário.

Vacina meningocócica

vacina meningocócica conjugada ACWY (ou vacina meningocócica C conjugada) também só deve ser administrada em idosos que irão viajar para áreas de risco. Nesses casos, a dose é única, com necessidade de reforço dependendo da situação epidemiológica.

Calendário de vacinação do idoso 2022:

  • vacinas que devem ser tomadas, periodicamente, por todos: Covid-19 e gripe;
  • as que dependem da situação vacinal anterior: hepatite B, febre amarela, dupla adulto (dT) e tríplice bacteriana (dTpa);
  • vacinas recomendadas apenas em situações especiais: pneumocócica, herpes zóster, sarampo (tríplice viral) e meningocócica.

Pode-se tomar a vacina contra a gripe e a dose adicional contra a Covid-19 no mesmo dia?

Sim. Geralmente, isso ocorre quando a dose adicional (quarta dose) contra a Covid-19 coincide com o período de vacinação contra a influenza.

Em 2021, como ainda não se conhecia a segurança das fórmulas, a recomendação era para aguardar 14 dias de intervalo. Mas, a nova recomendação dos órgãos de saúde é para que se faça a aplicação simultânea dos imunizantes. Isso vale para quem:

  • não está com sintomas gripais;
  • não contraiu Covid-19 nos últimos 30 dias.

Agora que você conhece a importância de seguir o calendário de vacinação do idoso, arregace a manga, encare as picadinhas e atualize sua carteirinha. Afinal, estar com a saúde em dia é essencial para a longevidade e a qualidade de vida. E para isso, nada melhor do que contar a imunização contra doenças perigosas, sejam elas velhas conhecidas ou novas variantes.

Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato. A equipe da Magscan está inteiramente à disposição!

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