
Dezembro Vermelho é o mês mundial da luta contra a Aids. A campanha de conscientização para a prevenção ao HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) tem um papel importantíssimo na saúde e qualidade de vida das pessoas. Ela reforça a importância de se prevenir, mas também de respeitar as rotinas de check-ups (masculino e feminino), as quais incluem alguns exames de DST.
Neste artigo, listamos as DSTs mais comuns e como diagnosticá-las precocemente. Aproveite para conferir se você está se cuidando como merece!
Tipos de DST
Algumas DST têm cura; outras, não. Algumas são mais brandas, outras geram complicações e há aquelas que, sem o devido tratamento, comprometem o sistema imunológico, podendo levar ao óbito.
Formas de transmissão
Como o nome indica, todas as DST são transmitidas pelas vias sexuais (vaginal, anal e oral). Algumas, no entanto, ainda têm outras formas de transmissão:
- as hepatites B e C e o HIV/Aids também podem ser transmitidos por agulhas contaminadas, transfusão de sangue ou de mãe para filho (durante a gestação);
- a sífilis também pode ser transmitida pelo beijo, caso existam lesões na boca;
- o chato também pode transmitido pelo uso compartilhado de toalhas e roupas íntimas.
DST mais comuns
As DST são causadas por vírus, bactérias, protozoários e parasitas. Entre as que apresentam maior incidência, estão o HPV, clamídia, tricomoníase e gonorreia. Além dessas, são DST comuns:
- cranco mole (crancoide);
- chato (pediculose pubiana);
- donovanose (granuloma inguinanal);
- hepatite B;
- hepatite C;
- herpes genital;
- HIV/Aids;
- linfogranuloma venéreo;
- sífilis.
Sintomas gerais
Algumas DSTs apresentam sinais visíveis, como corrimento, úlceras e coceiras genitais, entre outros. Além desses, existem os sintomas sistêmicos, que acometem os órgãos internos.
Por outro lado, algumas DST permanecem assintomáticas por muito tempo. É o que ocorre com a sífilis e a Aids. Por isso, é imprescindível estar com os exames em dia. Especialistas em urologia, ginecologia e clínica geral costumam solicitar exames de sangue básicos que revelam uma série de doenças sexualmente transmissíveis.
Exames de DST
Os exames de DST podem ser realizados junto aos check-ups periódicos ou quando há um comportamento de risco. Nesse caso, incluem-se:
- relações sexuais sem uso de preservativos;
- ferimento após compartilhamento de seringas, lâminas de barbear, alicates de unha ou outros objetos cortantes ou perfurantes.
Janela imunológica
Como existe a chamada janela imunológica (ou janela diagnóstica), converse com seu médico para avaliar o melhor momento para realizar os exames, levando em conta o tipo de exposição. A orientação do especialista é necessária para saber quanto tempo é preciso aguardar após o contato, para que haja a possibilidade de detecção (do antígeno ou do anticorpo produzido pelo sistema imune).
Por exemplo: para o diagnóstico de HIV e sífilis, recomenda-se esperar 30 dias antes de fazer a testagem. Já para a investigação das hepatites B e C, necessita-se aguardar, pelo menos, 60 dias.
Tipos de testes para DST
Existe uma ampla gama de testes laboratoriais para DST. Eles se dividem em três tipos:
- detecção direta de microrganismos, por meio de cultura, detecção de antígeno ou detecção de ácido nucleico, além da microscopia e coloração apropriada;
- detecção da resposta do hospedeiro, por meio de testes sorológicos;
- detecção de metabólicos microbianos, por meio materiais que alteram o pH das secreções vaginais.
Testagem para DST
Os testes rápidos (usados para o diagnóstico do HIV/Aids, hepatite C e sífilis) são realizados a partir de uma amostra de saliva ou gota de sangue. O resultado sai em cerca de 30 minutos.
Já os testes laboratoriais demoram alguns dias e são indicados para uma investigação mais completa. Eles costumam ser feitos com amostras de sangue e urina, mas também podem ser realizados com coletas de materiais das secreções ou lesões.
No check-up anual, os médicos podem pedir exames como:
- pesquisa de HIV1 e HIV2;
- VDRL, para sífilis;
- anti-HBs e outros, para hepatite B;
- anti-HCV, para hebatite C;
- bacterioscopia, cultura de bactérias e PCR (reação de polimerase em cadeia), para gonorreia;
- herpes 1 e 2 (além do exame físico), para herpes genital;
- pesquisa de HPV.
Importância do diagnóstico precoce
Como dissemos antes, as DST são doenças, preferencialmente, transmitidas por via sexual — mas não necessariamente. A testagem é essencial para evitar o agravamento do quadro, bem como aumentar a expectativa de vida (principalmente, no caso dos soropositivos).
Já as sequelas das infecções não tratadas podem desencadear danos no trato reprodutivo, câncer cervical, sífilis congênita, entre outros problemas. Por exemplo: a doença inflamatória pélvica (DIP), infecção que afeta o aparelho reprodutor feminino e pode levar à infertilidade, muitas vezes, aparece como complicação da gonorreia ou da clamídia.
Fora isso, existe o fato de que ter uma DST ativa aumenta o risco de desenvolver outras. Isso porque, as lesões e inflamações favorecem o contágio.
Portanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são imprescindíveis para prevenir o agravamento das infecções e o aparecimento de outras doenças. Então já sabe: mesmo sem comportamentos de risco, faça os exames de DST com regularidade!
Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a equipe da Magscan!