
Desequilíbrios hormonais interferem diretamente na saúde de uma pessoa e acabam com o seu bem-estar. Os malefícios são diversos, indo da irritação aos distúrbios relacionados ao peso. Em relação às doenças, os hormônios desregulados podem tanto ser a causa como a consequência de uma patologia, muitas vezes não identificada, como é o hipotireoidismo.
Para se chegar a um diagnóstico e, a partir dele, dar início a um tratamento efetivo, é preciso investigar a fundo o que está provocando as alterações.
Neste artigo, mostramos a importância do equilíbrio hormonal para a saúde e qualidade de vida. Continue a leitura e veja se você apresenta algum sinal de desequilíbrio.
Quais fatores contribuem para o desequilíbrio hormonal?
Uma série de maus hábitos pode levar ao desequilíbrio hormonal. Por exemplo:
- alterações no padrão de sono levam à diminuição da melatonina;
- períodos de estresse intenso elevam o cortisol;
- atividades físicas pesadas e constantes aumentam a prolactina;
- má alimentação ou dietas restritivas fazem o organismo liberar mais progesterona;
- obesidade e sobrepeso interferem no funcionamento da hipófise, glândula que regula a produção de todos os hormônios;
- uso de pílula anticoncepcional leva ao aumento do estrogênio.
Além disso, alterações na tireoide, por conta de processos inflamatórios, cirurgias, radiação e até certos medicamentos, levam à redução dos hormônios tireoidianos (hipotireoidismo). Isso sem falar em doenças como endometriose, síndrome dos ovários policísticos, entre outras também conhecidas por causar distúrbios hormonais.
Quais são os principais sinais de desequilíbrio hormonal?
O aumento da prolactina pode levar à amenorreia (atraso ou interrupção da menstruação). Esse distúrbio acomete de 2% a 4% das mulheres normais, mas de 3% a 66% das atletas. Na maioria das vezes, porém, esse aumento gera apenas alterações na menstruação (aumento, queda ou mudanças na aparência do fluxo).
A diminuição de progesterona e estrogênio, por sua vez, leva a distúrbios do sono, cansaço excessivo, fogacho e ganho de peso. Além disso, aumenta a ansiedade, a irritação e o risco de ter depressão. Isso porque, a queda de estrogênio diminui o nível de serotonina (neurotransmissor ligado aos transtornos de humor).
Já o hipotireoidismo se caracteriza por fadiga, fraqueza muscular, cãibras constantes, indisposição, déficit de memória e de concentração, constipação frequente, anemia, distúrbios menstruais, infertilidade, entre outros sintomas. Em relação à aparência, os principais sinais são pele seca, unhas fracas e queda de cabelos.
Quais hormônios costumam ser repostos mais frequentemente?
O primeiro hormônio que, geralmente, costuma ser reposto é a progesterona, cujos níveis começam a baixar no período pré-menopausa. O segundo é o estrógeno, que diminui drasticamente com o início da menopausa.
Mas mulheres mais jovens também podem precisar de reposição. É o caso de quem sofre com a menstruação, por conta de sangramentos abundantes e cólicas intensas, por exemplo.
Para essas pacientes, os médicos recomendam reequilibrar a quantidade de estrogênio e progesterona. Já quando os níveis estiverem normalizados, a reposição pode ser suspensa. Para realizar esse acompanhamento, os exames devem ser repetidos de seis em seis meses.
Quais exames hormonais devem ser feitos durante o check-up anual?
O endocrinologista é o especialista que trata o desequilíbrio hormonal. Ele pode ser procurado tanto quando a mulher apresenta alterações menstruais, dificuldade para engravidar ou menopausa, bem como em quadros de doenças crônicas, como obesidade, hipertensão e diabetes.
Mas para prescrever a estratégia de tratamento, ele precisa de exames aprofundados que orientem o diagnóstico. Para isso, pode solicitar a coleta de sangue para avaliar os seguintes hormônios:
- prolactina;
- progesterona;
- estradiol;
- HGH (hormônio do crescimento humano);
- testosterona;
- FSH (hormônio folículo estimulante);
- cortisol basal;
- LH (hormônio luteinizante) e
- provas de função tireoidiana (dosagem de T3, T4 e TSH);
Quais são os riscos da falta de cuidado com o desequilíbrio hormonal?
O descaso com o desequilíbrio hormonal, além dos prejuízos à qualidade de vida, pode desencadear doenças graves. Afinal, trata-se de um importante fator de risco para:
- resistência à insulina e síndrome metabólica;
- aumento nos níveis de triglicerídeos;
- pressão alta;
- gorduras em vísceras e no fígado;
- doença cardiovascular.
Já a falta de reposição hormonal durante a menopausa, especificamente, impacta em diversos aspectos da vida. Por exemplo:
- ressecamento vaginal e diminuição da libido;
- perda de cálcio e fragilização dos ossos;
- maior propensão a desenvolver o Mal de Alzheimer;
- aumento do risco de ter câncer de colo do intestino.
Qual é a importância do equilíbrio hormonal para a saúde?
O equilíbrio hormonal é essencial para regular as funções fisiológicas. Quando os hormônios estão balanceados, a pessoa:
- dorme bem e tem mais energia;
- não tem ondas de calor;
- mantém a pele, unhas e cabelos viçosos;
- tem menos gordura localizada; entre muitos outros benefícios.
Assim, o diagnóstico e o tratamento precoce previnem complicações e melhoram, consideravelmente, a qualidade de vida das mulheres. Além disso, são essenciais para evitar o aparecimento ou agravamento de doenças e disfunções. Isso sem falar nas alterações físicas e emocionais, que tanto comprometem o bem-estar. Por isso, antes de se julgar mal, lembre-se: seu problema pode ser apenas uma consequência do desequilíbrio hormonal!
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