Exames na menopausa

Os exames na menopausa são tão importantes quanto os realizados ao longo da vida reprodutiva. Além de permitirem avaliar o estado clínico geral, prevenir doenças ou detectá-las precocemente, eles podem ajudar os médicos a definir as estratégias de tratamentos para aliviar os sintomas causados pelo desequilíbrio hormonal. Para isso, podem indicar reposição hormonal, medicamentos fitoterápicos, correções na alimentação, entre outras medidas, de acordo com as características de cada paciente.

Neste artigo, listamos quatro exames solicitados para confirmar o início da menopausa. Mostramos, também, como deve ser o check-up de rotina a partir de então. Para conhecê-los, continue a leitura!

 

O que muda no organismo da mulher com a menopausa?

Menopausa é o nome da última menstruação. Trata-se de um evento inevitável, que encerra o ciclo menstrual iniciado na adolescência, com a menarca.

Com a chegada da menopausa, o organismo feminino muda consideravelmente. No entanto, esse processo não se dá de uma hora para outra, mas ocorre ao longo do tempo — geralmente, entre os 45 e 55 anos de idade, período chamado de climatério.

Nessa fase, é comum sentir diversos desconfortos físicos e emocionais. Sem falar no risco aumentado para osteoporose e descontrole dos níveis de colesterol.

 

Quais são os sintomas da menopausa?

Os incômodos nessa fase são diversos. Entre os sintomas, destacam-se:

  • ondas de calor (também chamadas de fogachos ou afrontamentos), que ocorrem em 80% das mulheres, em decorrência da redução na produção de estrogênio, e podem permanecer por anos;
  • sudorese noturna, uma variante das ondas de calor, que surge apenas à noite;
  • ansiedade e depressão, relacionadas tanto à queda de estrogênio como ao impacto emocional gerado pela mudança de fase;
  • distúrbios do sono, devido à ansiedade, à sudorese noturna, entre outros problemas;
  • palpitações, mais comuns em pacientes ansiosas;
  • variações repentinas de humor, que ocorrem sem que haja um motivo real, sendo provocadas pelas flutuações nos níveis de estrogênio;
  • secura vaginal, também relacionada à deficiência de estrogênio;
  • infecções urinárias de repetição, por conta da fragilização do tecido que reveste a uretra;
  • falta de libido, devido à secura vaginal, que pode deixa o ato sexual doloroso, e também à redução da capacidade de sentir prazer;
  • secura, opacidade e flacidez da pele, consequência da queda na produção de colágeno;
  • aumento da gordura, com tendência a se estocar na região abdominal (ao redor da cintura), por conta da redução no metabolismo (menor gasto calórico basal);
  • inchaço abdominal, devido ao aumento na produção de gases;
  • lapsos de memória, que fica mais fraca, levando a esquecimentos relacionados a eventos de curto prazo e até compromissos diários;
  • dificuldade de concentração, tanto por consequência da redução do estrogênio, como por causa do estresse do período;
  • dores nas articulações, que acometem, principalmente, as mulheres com sobrepeso, assim como dores nas mamas e dores de cabeça;
  • unhas fracas e a queda de cabelo, que também fica mais fino e quebradiço, por conta da redução dos níveis de estrogênio e diminuição do colágeno;
  • cansaço, devido à falta de energia decorrente das variações hormonais e dos problemas relacionados ao sono;
  • pelos faciais, que aparecem, principalmente, no queixo, buço, bochechas e peito, após os níveis de estrogênio (hormônio feminino) caírem, deixando os hormônios masculinos em vantagem;
  • fragilidade dos ossos, que deixa as mulheres mais sujeitas a sofrerem fraturas e terem osteoporose;
  • desequilíbrios e tonturas, novamente, por conta da queda na produção de estrogênio.

 

Como aliviar os sintomas da menopausa?

Para minimizar os fogachos, assim como boa parte dos demais incômodos, os ginecologistas costumam prescrever a reposição de estrogênio (estrogenioterapia). Além disso, recomendam:

  • praticar atividades físicas (tanto exercícios aeróbicos quanto musculação);
  • alimentar-se de maneira saudável;
  • eliminar o sobrepeso;
  • parar de fumar;
  • evitar bebidas alcoólicas e cafeína;
  • usar cremes vaginais lubrificantes.

Aliviar os sintomas da menopausa é mais importante do que parece. Sem o devido cuidado, eles podem causar uma série de prejuízos à saúde e ao bem-estar da mulher.

 

Quais exames confirmam o início da menopausa?

Durante o climatério, a irregularidade dos ciclos menstruais leva muitas mulheres a achar que pararam de ovular e, algum tempo depois, se virem novamente menstruadas. Por conta disso, a menopausa somente pode ser confirmada após 12 meses da última menstruação.

No entanto, quando se deseja descobrir mais cedo, pode-se fazer a confirmação laboratorial. Nesse caso, o médico solicita a realização de alguns exames de sangue, tais como as dosagens de:

Existe, ainda, outra situação na qual a realização de exames com objetivos comprobatórios é indicada. Tratam-se das pacientes com menos de 40 anos que pararam de menstruar.

Nessas mulheres, a falta da menstruação pode decorrer da insuficiência ovariana prematura (IOP). Conhecida como menopausa precoce, essa condição também é investigada por meio das dosagens mencionadas, além do histórico clínico e exames físicos.

 

Quais são os exames de rotina pós-menopausa?

As indicações e frequência dos check-ups pós-menopausa dependem das necessidades de cada paciente. Em geral, os exames de rotina devem ser feitos uma vez por ano, podendo ser mais frequentes caso haja intercorrências. São eles:

  • exames clínicos, para identificar anormalidades mamárias e pélvicas, por meio da palpação;
  • exames de sangue, principalmente, colesterol e triglicerídeos, função renal e provas de função tireoidiana;
  • mamografia, para prevenir o câncer de mama;
  • Papanicolau, para prevenir o câncer do colo do útero (deve ser realizado até, pelo menos, 65 anos, segundo recomendação do Ministério da Saúde), muitas vezes, acompanhado de uma colposcopia ou biopsia do colo uterino;
  • ultrassom transvaginal, para diagnosticar anomalias no aparelho reprodutor, urinário e digestivo;
  • exames cardiológicos, como eletrocardiograma, teste ergométrico e ecodopplercardiograma, para identificar placas de gordura, arritmia, hipertrofia, entre outras condições que prejudicam a saúde cardíaca;
  • densitometria óssea, para diagnosticar a osteoporose e a osteopenia, enfermidades que aumentam o risco de fraturas.

Além disso, podem haver indicações de exames para investigações mais específicas. Nesse caso, as escolhas são feitas com base nas orientações preconizadas para cada quadro.

 

Por que é importante fazer check-ups após a menopausa?

Os exames de rotina são essenciais em qualquer fase da vida. Portanto, devem ser feitos periodicamente, continuando depois da menopausa. Isso vale, inclusive, para as pacientes assintomáticas e adeptas de um estilo de vida saudável, mesmo que não tenham uma vida sexual ativa.

Com os resultados dos check-ups em mãos, os médicos podem orientar quais medidas devem ser adotadas para melhorar a saúde e a qualidade de vida das mulheres nessa fase, ajudando a aliviar os sintomas tão incômodos. Dessa maneira, os exames na menopausa não apenas permitem confirmar o fim do ciclo menstrual, como ajudam a prevenir doenças e identificar alterações precocemente, contribuindo para o sucesso dos respectivos tratamentos.

Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. No entanto, se ainda tiver alguma dúvida, entre em contato para que possamos ajudá-la!

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