
Uma das coisas mais bacanas da gestação são os ultrassons. Mas mais do que ser um momento emocionante para os pais, a incorporação de diferentes ultrassonografias obstétricas no pré-natal é imprescindível para o médico conseguir acompanhar a evolução do bebê. Não à toa, trata-se de um dos exames de imagem mais realizados mundo afora.
Neste artigo, mostramos os principais tipos de ultrassons gestacionais. Para saber quando são realizados e qual sua função, continue a leitura!
Por que há diferentes tipos de ultrassons gestacionais?
O ultrassom é um exame feito com base na emissão de ondas sonoras de alta frequência, sem o uso de radiação. Ao alcançarem o bebê, essas ondas refletem, determinando as formas exibidas nas imagens.
A realização é simples: necessita-se, apenas, de um gel, de um aparelho chamado indutor e da experiência do médico examinador. Este é um exame operador-dependente, ou seja, depende da experiência do radiologista para captar as informações mais importantes. Conforme o examinador desliza esse aparelho no corpo da gestante, obtêm-se imagens de diferentes planos.
Em gestações de baixo risco, são feitos, em média, de três a quatro ultrassons. As principais diferenças entre eles são o grau de desenvolvimento das estruturas fetais mostradas.
Além disso, junto a cada ultrassonografia, recomenda-se, ainda, a realização da dopplervelocimetria. Esse exame analisa o fluxo sanguíneo no bebê, bem como as condições da placenta e do líquido amniótico.
Qual tipo de ultrassom deve ser realizado a cada trimestre?
A gestação é dividida em três trimestres. O primeiro vai da 1ª a 13ª semana; o segundo, da 14ª a 26ª; e, o terceiro, da 27ª a 40ª. Em cada período gestacional, pode-se realizar um ou mais tipos de ultrassons. Confira!
Ultrassom transvaginal
No ultrassom transvaginal (ou endovaginal), o transdutor é introduzido na vagina. O exame serve para determinar o tempo de gestação de maneira precisa.
Considerando que boa parte (entre 11% e 42%) das idades gestacionais baseadas na data da última menstruação se mostra incorreta, a primeira ultrassonografia é essencial para precisá-la e, a partir de então, avaliar o crescimento fetal. Ao mesmo tempo, isso ajuda a estimar a data provável do parto, reduzindo o risco de indução por gestação prolongada.
Além disso, o exame permite visualizar se se trata de uma gestação única ou gemelar. E, também, a avaliar se o feto está alojado no útero.
Porém, é preciso aguardar 5 semanas para que seja possível visualizar o saco gestacional. Por isso, o ultrassom transvaginal só é feito a partir da 5ª semana. Já em casos de descobertas tardias, recomenda-se realizá-lo, no máximo, em até 24 semanas.
Ultrassom para translucência nucal
O ultrassom para translucência nucal pode ser feito por meio da introdução do transdutor na vagina ou deslizando-o sobre a barriga. Ele serve para medir a quantidade de líquido na nuca do bebê.
Isso ajuda a prever a possibilidade de ele nascer com alguma anomalia cromossômica. Por exemplo, a síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21).
O exame precisa ser feito entre a 11ª e a 14ª semana, ainda no primeiro trimestre. Passado esse período, o volume de líquido na nuca do feto se altera, impossibilitando sua realização.
É importante ressaltar que, além da qualificação da equipe do laboratório responsável pelo rastreamento, em caso de translucência nucal aumentada, pode ser necessário complementar o exame. Nessas situações, costuma-se pedir uma pesquisa de cariótipo fetal.
Ultrassom morfológico
O ultrassom morfológico é feito com o indutor sobre a barriga. Usado para avaliar a anatomia, permite a detecção de malformações nas mãos e pés, assim como na face e em estruturas internas.
Além disso, é nesse exame que é, quase sempre, revelado o sexo do bebê. Ele pode ser feito entre a 20ª e a 24 semana, entre o quinto e o sexto mês.
Outros tipos de ultrassonografias
Ainda que a indicação de ultrassonografias tardias não seja comum, isso pode ocorrer. Em gestações de alto risco ou casos que levantem alguma suspeita clínica, elas permitem uma revisão sistemática, ajudando a avaliar as características do feto e/ou da gestação em si.
O ultrassom obstétrico, realizado entre a 28ª e 32ª semana, por exemplo, serve para observar a placenta. A detecção de placenta prévia, com obstrução do colo do útero, pode ser um indicativo para cesárea.
Os ultrassons 3D ou 4D, por sua vez, não são fundamentais na assistência pré-natal, mas vistos como complementares. Graças à boa qualidade das imagens geradas, permitem detectar malformações no rosto, como a fenda labial. Quando solicitados, indica-se realizá-los após a 34ª semana, entre o oitavo e o nono mês.
Qual é a importância de acompanhar a gestação?
Dados indicam que os ultrassons gestacionais já fazem parte dos exames de rotina de 100% das gestantes. Além de serem mostrados nas consultas, os resultados dos exames também são apresentados na admissão para o parto.
Neste artigo, mostramos que acompanhar a gestação é importante para avaliar o desenvolvimento do bebê. Além disso, as ultrassonografias servem para alertar para situações em que a criança possa nascer com alguma malformação. Mesmo que esse conhecimento não gere nenhuma mudança na conduta clínica, é um direito dos pais decidirem se querem, ou não, ser avisados sobre possíveis complicações.
Seu obstetra pediu ou deixou de pedir algum dos tipos de ultrassons gestacionais aqui mostrados? Calma! Muitas vezes, pode ser apenas uma diferença de nomenclatura.
Caso tenha dúvidas, entre em contato conosco! Mas se você quer realizar seu ultrassom gestacional em Manaus, conte com a Magscan, contamos com uma equipe de radiologistas especializados em ultrassonografias.